O título explica tudo, não? São teorias cá do Ventura, bem-aventuradas (se os visitantes assim o quiserem) e, apesar de paranóicas, até farão algum sentido. E...na pior das hipóteses, pelo menos darão para sorrir.

sexta-feira, abril 28, 2006

Pequeno, mas com muita freguesia (!!!)


A campaínha tipo bicicleta antiga, em vez de um moderno sistema sonoro. As pessoas de caixas de papelão na mão, em vez dos habituais sacos. Os funcionários em pé, em vez de confortavelmente sentados. É assim o universo Lidl.
Uma espécie de dimensão alternativa, em que os gastos são reduzidos ao mínimo dos mínimos. Tanto assim que até o nome da cadeia ficou mal escrito... Será que mais ninguém reparou? Em vez de "Little" (pequeno), os marketeers lá do sítio diminuiram a palavra para "Lidl", o que, quando lido à americana, acaba por ter a mesma sonoridade que a outra. E sempre se gasta menos em tinta!
E basicamente, é essa a filosofia deste grupo. Vender produtos que são como os outros, apesar de serem desinflaccionados no preço, porque os seus custos de produção também são inferiores.
E que divertido que é fazer compras lá. E é uma coisa que até faz bem à saúde. É quase como ir ao ginásio. Com a vantagem de no Lidl se poder conviver a todo o passo com cidadãos de Leste... Mas o exercício físico é realmente do melhor. Primeiro que tudo, o facto de transportarmos as compras ao colo (sim, que a poupança acaba por ser fuinhice, já que nem sacos nos dão). Depois, aqueles produtos sazonais, na fila central, à volta dos quais todos nos acotovelamos , na esperança de poder apanhar um daqueles bestiais e sempre úteis coletes trekking (!!!) ou então um indispensável comedouro automático para canídeos (!!!). Ou ainda aquelas fantásticas maravilhas tecnológicas de venda em dia único, que obrigam os hipotéticos compradores a quase fazerem directas e a quase se envolverem em cenas de pugilato, para terem direito a uma aparelhagem XPTO, com comando(!!!)
Seja como for, a lógica do "pequenino, mas sempre ocupado" aplica-se também aqui. Propunha até, face ao sucesso obtido com a estratégia até ao momento, uma mudança de nome: "Lid", para já. E daqui a pouco tempo, com o cinto a apertar e a bolsa a encolher, então poderão dar-se a uma extravagância e "atunar" o seu nome para "Líder". E já não faltará muito.

quinta-feira, abril 27, 2006

Agora bloguista ao quadrado

Porque tenho muita coisa p'ra dizer, embora muitos não gostem do que digo.
Porque me apetece falar de bandas, canções ou cds que pouca gente ouve ou conhece e aos quais não é dada a devida atenção e valor.
Porque gosto de pensar que alguém se importa com aquilo que eu penso e gosto.
Porque quero.
Por tudo isto, tenho um segundo blog. Só sobre música. Jukebox6estrelas.blogspot.com. Ponham a moedinha e já está! Mas não deixem de me visitar aqui...

quarta-feira, abril 26, 2006

Euphemismus Intestinalis

Às vezes, quando estou sentado na sanita, esforço-me por organizar os meus pensamentos. Outras vezes, simplemente esforço-me. E não sei qual das duas situações é mais trabalhosa. É que, parecendo que não, o carácter laboral de ambos os esforços revela-se assaz exigente.
No entanto, apesar de habitualmente conseguir visualizar meia-dúzia de pensamentos mais ou menos coerentes durante o tempo da chamada "necessidade sólida" (ou não...), já não sou do género "espera lá que vou só ali à casa de banho ler este calhamaço de 200 páginas e já venho". Não. Essa lógica da leitura WC eu nunca entendi. Até porque é preciso alguma concentração para fazer "aquilo que ninguém faz por nós." E usar parte do poder de concentração para nos dedicarmos à leitura deve, na minha opinião, causar um certo curto-circuito entre cérebro e órgãos intestinais, o que provavelmente explica o cerimonial demorado que muita gente protagoniza quando se "alivia". Isto porque o cérebro deve passar o tempo: "Activar olhos... ler... espera lá, então e agitar os intestinos? Ok... Ora agora activar o quê?... Ooops, tenho que virar a página... activar dedos... aguenta, esfíncter, só mais duas linhas... agora vai... Ora bem... Mudar papel... Então mas é o higiénico ou o das páginas do livro?...Socooooooooorro!" Bem, é uma confusão caco-cerebral que não se aguenta. Conheço também quem use o assento sanitário como ponto preferencial para a resolução de palavras cruzadas ou Sudoku (e que passatempo mais adequado para se fazer quando se está a expelir algo pelo respectivo?...). Mas continuo sem perceber como conseguem...Bem, provavelmente fazem apenas uma ou duas palavras ou colunas de números por "sessão", talvez entre cada "espasmo", o que faz com que se demore possivelmente 3 ou 4 semanas a acabar todo o quadro. Ou isso ou é vice-versa e permitem-se uma "contracção intestinal" entre cada palavra ou coluna de números e, assim sendo, andam 3 ou 4 semanas com a defecação atrasada...
Já que falo neste fenómeno tão culturalmente rico (e olfactivo...), não posso deixar de falar dessa instituição que são as casas de banho públicas. Pelo menos no caso dos WCs masculinos (os que conheço), a riqueza intelectual de quem as usa é de um nível dificilmente qualificável...como dizer? Digamos que os escritos riscados ou gravados em baixo-relevo nas portas equivalem mais ou menos ao que os seus autores deixam escoar esgoto abaixo...E o que é aquilo de desenhar falos por tudo e por nada, fazendo ameaças (ou promessas, dependendo do leitor) homossexuais a tudo e todos? A oferecerem-se para contactos íntimos com outros homens?! Caríssimos intelectuais da área casadebanhóide: já que optaram pela via "grunho-macho man" de se exprimirem, ao menos gabem-se das vossas conquistas femininas! Ou então escrevam umas piadas ou números de telefones de gajas giras. E já agora, sem erros ortográficos, do tipo "Sou guei" ou "Gosto de ómens" (afirmações verídicas, que li em WCs de centros comerciais ou de estações de serviço)... É que para erros já bastam os vossos pseudo-desenhos playboyescos de qualidade zero. Se tanto!
Giras mesmo são aquelas piadas escritas na porta a letra miúda, do estilo: "Se estás a ler isto, é porque já estás muito afastado da sanita...portanto deves estar a largar as 'alheiras' para dentro das calças." É de génio ou não é?... Já sei o que estão a pensar...mas não, não fui eu que escrevi.