O título explica tudo, não? São teorias cá do Ventura, bem-aventuradas (se os visitantes assim o quiserem) e, apesar de paranóicas, até farão algum sentido. E...na pior das hipóteses, pelo menos darão para sorrir.

sexta-feira, maio 11, 2007

I'M SORRY!!!




Peço desculpa por este dilúvio de novos textos, mas é a lógica da compensação...E 4 ou 5 meses de "silêncio" têm que ser devidamente recompensados!

80s RULE!



Bem sei que o som característico da década de 80 é muito plástico-electrónico.

Bem sei que muitos dos cantores e bandas foram "one-hit wonders" que desapareceram do panorama musical.

Até sei que os conteúdos das letras eram em grande parte muito ocos.


Mas o fascínio não desapareceu. Antes pelo contrário. Da minha parte, há-de sempre merecer uma atenção muito especial - aliás, tenho uma certa fixação (para não dizer paranoia...) por encontrar todos e quaisquer cds (compilações ou não) referentes a esses anos.


Como explicar isto? Se calhar é tão fácil quanto a música que se fazia. E tem tudo a ver com a noção de escassez (que consuz invariavelmente à valorização). As horas intermináveis que passávamos a ouvir programas de discos pedidos na rádio, para, assim que o locutor se calava, carregarmos no botão com o símbolo vermelho redondinho (REC) e rezarmos para que não houvesse interrupções durante as canções ou para que a nossa mãe não entrasse na sala aos berros, já que o rádio gravava tudo.


A existência de programas míticos na televisão (e lembrem-se que estou a falar do tempo da televisão com 2 canais e em que ninguém sequer sabia o que era isso de televisão por cabo), como o "ViváMúsica" (RTP1), apresentado pelo Pego, ou o "European Countdown" (RTP2), em que um rapazinho britânico de nome Adam nos trazia actuações ao vivo e videoclips das bandas do momento; estes eram minutos que religiosamente nos prendiam ao écrã, devorando os sons que nos apresentavam (tal como as tardes de Sábado, que tinham sempre na sessão de cinema televisivo "Aventura é Aventura" um momento de realce; isto e a Galáctica, etc etc).


Hoje em dia, tais comportamentos parecem anedóticos, já que vivemos numa sociedade em que tudo se descarrega da net e em que há centos de canais temáticos nos quais podemos consumir filmes ou música durante horas a fio se quisermos.

No entanto e não obstante o facto de haver tanta coisa à disposição, na altura dava muito mais gozo.

Ainda me lembro de gravar as músicas dos Europe por cima duma cassete do Marco Paulo (!); ainda me lembro da felicidade de o meu pai me ter comprado uma cassete do Nik Kershaw na feira (!). Ainda me lembro de ter suores frios a ver o teledisco do "Touch Me" da Samantha Fox!


E hoje gosto de ouvir, às vezes repetidamente, estes sons e outros que tais. Não por saudosismos patéticos, mas porque, além de terem uma certa personalidade própria, ficaram num recanto destacado da minha memória. E quem não tem memória não tem história.


Por isso, e apesar de poderem ser considerados foleiros, vazios ou desactualizados, serão para mim interessantes, preenchidos de recordações e serão para sempre actuais.

SKA-P LIVRE...RELOAD!




SKA-P é uma banda espanhola, que mistura uma sonoridade mais ou menos punk, com os ritmos do reggae e do ska, letras críticas e liberais. Tudo junto, dá uma sonoridade "muito à frente", cheia de energia e que cai bem no ouvido. Quanto ao nome da banda, não sou grande especialista em Castelhano, mas parece-me ter o duplo sentido do tipo de música muito ritmado (ska) e do equivalente a "escape" - e de facto, sendo um trocadilho, acaba por corresponder em pleno ao que a banda faz. Chegaram ao conhecimento público em 1994, ao criarem uma canção de apoio ao clube do seu bairro (Vallecas), o Rayo Vallecano, que começou a ser cantada por toda a claque. Daí para cá, foi sempre a andar. Pena que agora tenham terminado a sua actividade. Mas deixam muitas e boas músicas.
Estou outra vez viciado na sonoridade deles. É energia em estado puro! Tenho trazido todos os cds comigo, porque não há melhor para dispor bem.
PS: Se alguém tiver conhecimento de como arranjar um dvd dos moços, que me diga...

Retrato comentado do grande Filipe Faria

O texto é da Editorial Presença, os comentários parentesais vermelhuscos são aqui do vosso amigo... (isto não soou nada bem!)
Filipe Faria nasceu (espectáculo!abençoados paizinhos!) em 1982 (grande erro, Filipe, porque a malta que é 100% tem que ter nascido nos 70's! Mas enfim, ser dos eighties também não é pecado) , em Lisboa.
Frequentou a Escola Alemã de Lisboa (Mas como é que uma Escola de Lisboa é Alemã???) desde o jardim de infância até completar o 12º ano de escolaridade (epá, isso é que foi, ãh?). O contacto e convívio com aquela cultura de origem germânica, tão diferente da nossa, possibilitou a abertura de novos horizontes.
Impulsionado pelo forte interesse demonstrado pelo período da Idade Média, e pela descoberta algo fortuita de uma verdadeira relíquia na biblioteca escolar – a Tolkien Bestiary (olha, "Bestiary" faz-me logo lembrar alguns dos alunos que conheço...)-, cultivou, desde cedo, a paixão pela literatura fantástica.
Em conjunto com estas influências literárias, liberta a sua imaginação em sessões de Dungeons and Dragons até que, aos 16 anos, Filipe Faria resolve partir numa nova aventura, a escrita (Epá, e eu a pensar que era as brincadeiras com as meninas!...).
As «Crónicas de Allaryia» assinalam a sua estreia no mundo literário. (E que estreia, meus senhores, que estreia!) Uma obra que nasceu de uns esboços de uma aventura, iniciados hà cerca de quatro anos, que lentamente ganharam corpo e forma e evoluíram para um livro de quase 600 páginas.
Em 2001 foi o vencedor do Prémio Branquinho da Fonseca, (FARIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIA!) organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian e Jornal Expresso. Em 2002 ganhou o Prémio Matilde Rosa Araújo - Revelação na Literatura Infantil e Juvenil (FARIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIA!) .
Actualmente encontra-se a frequentar o curso de Línguas e Literaturas Modernas (O quê??? Pára Tudo! Este génio da literatura está a tirar o mesmo curso que myself?! Bem, ele há cada coincidência cósmica! Pedras me partam se isto não é um bom augúrio! Às tantas, se continuar a escrever estas parvoíces, ainda chego ao ponto de vir a escrever livros com tanta genialidade como os dele!... Ou então, não.) na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.
E o resto é uma história ainda por escrever…

Fraquinho...


Terminei ontem de ler o tal romance do Napier (nem sei se o apelido é franciú, mas parece-me). Afinal, o "Segredo da Cruz de Cristo" revelou-se em grande parte uma desilusão. Pouco sumo no final, twists pouco conseguidos, pouca envolvência do género "deixa-me lá ler mais 3 capítulos embora já sejam 3 e meia da manhã"... Enfim, às vezes também temos que ler coisas menos boas, não é? Pois. Se calhar até fiz bem, porque estou agora num ponto baixo enquanto leitor, mas preparo-me para o reverso da medalha, pois desta é que vou mergulhar nas "Vagas de Fogo", do Filipe Faria, que espero elogiar aqui cabalmente daqui a pouco tempo (dependendo do meu tempo livre, este malvado autor obriga-me a esquecer tudo o resto e a colar-me às páginas dos seus livros...bandido!)

quinta-feira, maio 10, 2007

ROCK ON!!!



ÉS DOS DUROS OU ÉS EASY-ON?

Porque o rocker é uma espécie em vias de "disfunção", resolvi promover aqui uma espécie de "toque rockal", para examinar as preferências e a dureza do roqueiro que há dentro de cada um de voz (salvo seja!). E se as palavras anteriores denotaram qualquer sentido homossexual, foi por pura coincidência...
Vão a http://www.blogthings.com/whatkindofrockerareyouquiz/ e...Rock on! ("Liguem a pedra!", em Português)Para quem queira saber ("Who cares???), aqui está o resultado do meu teste.

You Are a Freedom Rocker!You're stuck in the 70s - for better or worse.Crazy hair, pot soaked clothes, and tons of groupies.Your kind showed the world how to rock.Is that freedom rock?... Well turn it up man!
(em Português: "Tu és um roqueiro do melhor que há. Nasceste nos anos 70 mas não estás nada velho - tens um cabelo que é um mimo, roupas do melhor e és muito popular - as miúdas curtem-te à brava. Ensina ao resto da malta como é divertir-se. Isso é rock afrodisíaco?...Então "amanda-o" para cima, mén!")

Ok, pronto, a tradução não é "exactamente" isto...
ok, ok, não será "muito parecido" com isto...
É... "ligeiramente semelhante" a isto?...
Pronto. É totalmente diferente. Mas é mais colorida, digam lá que não?...

Mais um...



Neste momento, estou de volta ao mundo dos thrillers histórico-religiosos, a ler "O segredo da Cruz de Cristo" ("Shattered Icon", no original), de Bill Napier. É mais um romance que nasceu na sequência do êxito do "Código da Vinci", que lançou para primeiro plano tudo o que sejam histórias relacionadas com personagens e ícones da história da religião, nomeadamente associadas a Cristo. Não sei se acrescentará alguma coisa à minha "pseudo-reflexão/investigação" desta temática, que tem ocupado grande percentagem das minhas leituras, mas tem sido relativamente interessante de ler.

Estado de Pânico não, de reflexão!



Na semana passada acabei de ler "State of Fear" ("Estado de Pânico", na tradução portuguesa). Tenho lido mais na edição original, porque, por oposição aos 21 euros, a edição americana (embora com um papel de menor qualidade), paguei 8,5 euros. Mas, como em Portugal, a cultura é objecto de uma taxação brutal, nada me admira. É certo que comprei uma edição "paperback", de um papel de menor qualidade, mas caramba, o que interessa é o conteúdo! E por cá, raramente temos uma tradução menos dispendiosa em alternativa. Logo, para quem não pode ler no original, toca de gastar 4 mil réis a tentar enriquecer o intelecto!
Mas enfim, adiante. Já estou habituado a ter que gastar muito para ter acesso a literatura, música e cinema. Este é mais um dos tecno-romances de Crichton, um autor com capacidade para que basicamente escreve para nos fazer pensar. Já li "Resgate no Tempo" (sobre a possibilidade das viagens no tempo), "Presas" (acerca das eventuais consequências da evolução das nano-tecnologias) e tenho na prateleira para ler nos próximos meses "Next", também na versão original, que se prende com a temática da genética. Ficou mais conhecido pela criação da série ER (Serviço de Urgência), que continua a passar na RTP 2 e pela autoria do livro "Jurassic Park" (posteriormente adaptado para o cinema com o êxito que se sabe).
Neste "State of Fear" o autor reflecte acerca do aquecimento global e sobre o facto de este fenómeno ser ou não uma ameaça real. O livro está cheio de referências científicas, com uma extensa bibliografia de apoio e constantes inclusões de estudos que desafiam a lógica corrente. Mas vai mais além. Em certo momento, há uma súmula da teorização presente no livro, em que se afirma que "Estado de Pânico" é uma necessidade criada, através da repetição nos media de expressões de crise e de catástrofe após a queda do muro de Berlim, já que, encerrada a lógica do medo do outro vivida na Guerra Fria, era preciso, numa lógica ploítica, inventar novas ameaças e novos medos. E, nesse sentido, a questão ambiental foi o alvo primordial.
Um óptimo livro para nos fazer reflectir.

(que final! pareço o professor Marcelo, a despachar 137 livros por segundo, provavelmente sem ter lido 1/10 deles, mas sempre com uma frase-chave recomendatória...)