O título explica tudo, não? São teorias cá do Ventura, bem-aventuradas (se os visitantes assim o quiserem) e, apesar de paranóicas, até farão algum sentido. E...na pior das hipóteses, pelo menos darão para sorrir.

quinta-feira, maio 10, 2007

Estado de Pânico não, de reflexão!



Na semana passada acabei de ler "State of Fear" ("Estado de Pânico", na tradução portuguesa). Tenho lido mais na edição original, porque, por oposição aos 21 euros, a edição americana (embora com um papel de menor qualidade), paguei 8,5 euros. Mas, como em Portugal, a cultura é objecto de uma taxação brutal, nada me admira. É certo que comprei uma edição "paperback", de um papel de menor qualidade, mas caramba, o que interessa é o conteúdo! E por cá, raramente temos uma tradução menos dispendiosa em alternativa. Logo, para quem não pode ler no original, toca de gastar 4 mil réis a tentar enriquecer o intelecto!
Mas enfim, adiante. Já estou habituado a ter que gastar muito para ter acesso a literatura, música e cinema. Este é mais um dos tecno-romances de Crichton, um autor com capacidade para que basicamente escreve para nos fazer pensar. Já li "Resgate no Tempo" (sobre a possibilidade das viagens no tempo), "Presas" (acerca das eventuais consequências da evolução das nano-tecnologias) e tenho na prateleira para ler nos próximos meses "Next", também na versão original, que se prende com a temática da genética. Ficou mais conhecido pela criação da série ER (Serviço de Urgência), que continua a passar na RTP 2 e pela autoria do livro "Jurassic Park" (posteriormente adaptado para o cinema com o êxito que se sabe).
Neste "State of Fear" o autor reflecte acerca do aquecimento global e sobre o facto de este fenómeno ser ou não uma ameaça real. O livro está cheio de referências científicas, com uma extensa bibliografia de apoio e constantes inclusões de estudos que desafiam a lógica corrente. Mas vai mais além. Em certo momento, há uma súmula da teorização presente no livro, em que se afirma que "Estado de Pânico" é uma necessidade criada, através da repetição nos media de expressões de crise e de catástrofe após a queda do muro de Berlim, já que, encerrada a lógica do medo do outro vivida na Guerra Fria, era preciso, numa lógica ploítica, inventar novas ameaças e novos medos. E, nesse sentido, a questão ambiental foi o alvo primordial.
Um óptimo livro para nos fazer reflectir.

(que final! pareço o professor Marcelo, a despachar 137 livros por segundo, provavelmente sem ter lido 1/10 deles, mas sempre com uma frase-chave recomendatória...)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Good day!
My name is Tom, Im 38 yrs old, living in Fort Worth, TX.

I'd love to make good close friends here.

Waiting your reply..

quarta-feira, março 10, 2010 12:25:00 da manhã

 

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